Se há qualidade que admiro nas pessoas é a capacidade de olhar para uma determinada questão sob vários prismas.
Podemos estar envolvidos na questão em causa ou não, mas conseguirmos distanciarmo-nos e colocarmo-nos no papel do(s) outro(s) é fundamental. Analisar determinado assunto sem termos esta capacidade de distanciamento, faz-nos tender a análises demasiado subjectivas.
Claro que a primeira análise é sempre "a subjectiva". Examinamos a questão e sentimo-la na pele. Mas depois, há que conseguir sair da própria pele e tentar entrar na pele do(s) outro(s). É aí, exactamente aí, que conseguimos aproximarmo-nos da verdade das coisas.
Aflige-me haver gente que se recusa a tal exercício. Uma coisa é não se conseguir, outra é negar-se a isso e agarrar-se ao seu próprio umbigo como uma lapa.
"Só olho para isso, se me atingir!", " não quero saber desse assunto, porque não sofro desse mal!", ouve-se por aí, não directamente que parece mal, mas com acções que o demonstram abertamente. Aponta-se o dedo, espeta-se, até, o dedo no peito do outro e acusa-se "és assim e assado, porque fizeste isto ou aquilo!".
E tentar compreender a coisa primeiro? Não?
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Imagem roubada por aí |