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Manobras de Dispersão

por Mammy, em 30.12.11
Imagem retirada DAQUI
Não, não me enganei... Quero mesmo dizer manobras de dispersão! Aquelas com que tentamos dispersar as angústias, tristezas, raivas, etc., quando estamos menos inspirados para a vida ou desiludidos com ela... Tentamos ver-nos livres de tudo o que nos chateia, através de manobras acrobáticas que muitas vezes não surtem qualquer efeito!

Se nos vemos rodeados de melgas (ou moscas), de nada vale enxotá-las, porque voltam sempre na esperança de levarem um pouco do nosso sangue. O truque será usar o repelente, que as mantém longe (ou à distância necessária para as vermos sem que nos piquem). Este repelente deve ser potente, para não termos que estar sempre a pô-lo, caso contrário torna-se uma canseira.

Claro que há sempre uma ou outra melga que temos que enfrentar, mas se só uma levar um pouco de sangue, também não será por isso que ficaremos mais fracos.

Às vezes, as melgas aparecem personificadas, outras não... Tanto num caso como no outro, o repelente costuma funcionar, mas se se mostrar ineficaz, há sempre os famosos e úteis mata-moscas que, quando têm  buracos pequeninos, servem igualmente para moscas e melgas e, numa só pancada... Pah! as matam de vez!

E assim, já podemos descansar de tanta manobra!

publicado às 01:43

Tenho Um "Poeta" em Casa...

por Mammy, em 29.12.11
Eu na sala, o J. na casa de banho...
-Mãe, és a mãe mais especial que alguém pode ter!
Pensei não estar a ouvir bem e perguntei:
-O quê?
Ele repetiu.
Vou ter com ele de baba a pingar... 
Quando chego à casa de banho, deparo-me com um miúdo, de calças pelos tornozelos, empenhado na árdua tarefa de limpar a cavidade que lhe separa um glúteo do outro... Abraço-o e beijo-o com todo o orgulho, baba e amor que uma pessoa sente ao ouvir tal "poema" da boca de um grande homem num corpo pequeno (que por mero acaso é seu filho), ignorando o facto de a indumentária não estar à altura que, em circunstâncias normais, o momento exigiria.

Depois de acordar de tamanho êxtase (e de ter que limpar a baba que espalhei pelo caminho que percorri para chegar até ele), volto à sala com as seguintes questões a corroerem-me a massa cinzenta: 

Porque se terá ele lembrado de mim no meio de uma tarefa tão...tão... respeitável?

Qual terá sido a inspiração para tais palavras a meu respeito?

publicado às 00:58

A Importância do Não

por Mammy, em 26.12.11
Sei que sou uma chata, mas sou uma chata consciente da minha chatice. Não sei se é melhor ou pior, mas sou assim e vou continuar a ser até chegar à conclusão que devo mudar.

Digo "não" ao J. muitas vezes e digo-o à frente de todos sem o problema típico do que os outros vão pensar...

Podem achar-me uma chata ou demasiado rigorosa, mas eu estou convicta que sei quando dizer não ou sim, porque sei que ele tem plena consciência das regras e que sabe que todas elas têm excepções e que quem tem autoridade para as ditar sou eu ou pai e mais ninguém.

Por vezes, em casa de familiares, tentam tomar as rédeas da autoridade sobre ele e aí, eu dou largas à minha chatice e não deixo... Na minha presença ou na do pai, a autoridade máxima é nossa e penso que é assim que deve ser sempre. 
Na nossa ausência, quando ele fica com os avós, os bisavós ou com outras pessoas, podem (e devem) mimá-lo à vontade e mimá-lo onde nós não podemos, porque termos que educar, que lhe dar limites e regras para que se sinta seguro e orientado. E ele sabe, como todas as crianças sabem, que tem limites diferentes com cada pessoa, que com umas pessoas a "red line" é aqui e com outras é mais além. E fico irritada quando tentam manipular ou usurpar a nossa autoridade de pais (que é máxima e não pode respeitar qualquer espécie de hierarquia familiar, que não a nossa).
Não contesto nem critico que mimem muito o J., até gosto, "quem meu filho beija minha boca adoça", mas não tolero que ponham em causa o meu NÃO. (Ele, já por si só, é tão difícil de dizer, quanto mais quando mo criticam). Quando, por exemplo, ele quer comer mais um chocolate, e já comeu imensos, e eu ou o pai dizemos não, este não tem que ser respeitado, porque só nós sabemos porque o dizemos e porque nós somos os maiores defensores do que é melhor para ele... Dizerem-nos "coitadinho, dá-lhe lá o chocolate" ou outra frase do género, só me enfurece e de nada adianta!
Nós, os pais, podemos errar (e erramos muitas vezes), mas tentamos sempre fazer o que achamos melhor para ele. Agradeço, do fundo do coração, que nos chamem a atenção quando erramos, que nos dêem conselhos, que nos orientem sob toda a experiência que os anos consagram, mas não posso permitir que nos desautorizem! 
Aceito todas as opiniões que, devidamente fundamentadas, vão contra as regras que estipulei. Mudo de opinião, mudo as regras e a minha maneira de agir, se me provarem que estou errada. Não sou uma cabeça dura, nem uma teimosa inconsequente, mas têm que me chamar à razão à parte, sem me desautorizarem perante o meu filho, porque aos olhos dele, sou eu (e o pai) que tenho que o orientar e dar segurança. Essa função é minha e do pai e a última palavra tem que ser a nossa. E claro que tenho dúvidas, e claro que peço a opinião dos mais experientes e orientações para este meu papel tão difícil que é o de ser mãe, mas não posso, não quero e não vou deixar que me substituam enquanto eu cá estiver!

Não gosto de ver pais a agirem como avós, nem avós a agirem como pais. Na existência de ambos, cada categoria parental tem as suas regras, os seus mimos, a sua função e nenhuma pode ser desprestigiada perante a outra, e nenhuma é menos importante do que a outra. São diferentes e é essa diferença que contribui para os nossos filhos serem mais ricos nas relações interpessoais que mantiverem e serem pessoas mais completas.

Aos avós compete, essencialmente, o mimo bom, as brincadeiras repletas de fantasia e de histórias que vão preencher as recordações de uma infância feliz; à escola a instrução e a preparação para se viver em meio social, mas a função de educar, de transmitir valores, de contribuir para a formação daquela pessoa enquanto ser uno, é sobretudo dos pais, não é dos avós, da escola ou de outra entidade qualquer, mas sim dos pais...
É óbvio que este não é um padrão rígido, mas gosto de o ver como uma espécie de linha orientadora...

E é por isso que o NÃO é mais dos pais, do que de qualquer outra pessoa, e é por isso que nos calha a nós, pais, sermos os desmancha-prazeres, os castradores e os chatos, e é por isso que não nos podem tentar tirar o direito de dizer NÃO, nem nós nos podemos, nunca, demitir dessa tarefa!

publicado às 16:31

Das Prendas e do Natal

por Mammy, em 23.12.11
Este ano não vou oferecer prendas a ninguém, excepto às crianças.
Não acho importante a troca de presentes e cada vez me estou mais a lixar para o politicamente correcto. A quem gosto, tento dar-lhes o meu afecto todo o ano, de graça e de boa vontade, a quem não gosto não lhes dou nada, pois parece-me bem melhor assim, do que lhes dar uma porcaria qualquer, só porque é Natal.

Não fiz nenhuma wishlist, porque não desejo nada que me possa ser oferecido dentro de um embrulho... Quero apenas a saúde, que ultimamente tem andado zangada com o pessoal destas bandas.
O resto, com maior ou menor facilidade, lá se vai arranjando...

A vocês, caros leitores, desejo-vos um Feliz Natal com tudo o que desejarem!


Imagem retirada DAQUI


publicado às 16:54

Design For Living

por Mammy, em 23.12.11
Hoje, fui ao teatro! Já estava com saudades, confesso!
Fui à Comuna ver Design For Living e saí de lá com o vício satisfeito, sim senhor!
O texto é delicioso e fiquei cheia de vontade de ler o livro para poder desfrutar, em pleno e com calma, do jogo de palavras e de ideias que é excelente. Além de poder reler, reler e reler...

As interpretações não estão más, mas só um dos actores me impressionou (o menino do lado esquerdo na foto), os restantes estavam bem, mas nada de espectacular, pelo menos para mim (mas eu não passo de uma amadora a avaliar estas coisas).

Se puderem, não deixem de ir ver esta peça, porque vale a pena... 
Às quartas e quintas o bilhete custa 5€ (sai mais barato do que ir ver um filme 3D ao cinema e aqui vemo-los em carne e osso e, com um bocadinho de sorte, ainda levamos com um perdigoto na testa, ehehehehe!). Está em cena até 5 de Fevereiro.

Ah! Por favor, não se choquem quando virem uns meninos a darem uns beijinhos!

publicado às 03:27

Toca a improvisar!

por Mammy, em 21.12.11
Eu e o pai do J. estávamos em pleno "tête-à-tête", na cozinha, quando o J. entra e diz uma "queridice", que me deixa completamente derretida...
Eu agarro-lhe na cara com as duas mãos, dou-lhe um beijo repenicado na testa e quando vou a abrir a boca para falar, ele diz:

-Já sei o que vais dizer: "Sabes que te amo muito?" Era, não era?

Porra, não me sabia assim tão previsível! Tenho que começar a inovar os meus deleites maternais... 
...Urgentemente!

publicado às 23:05

Quando o Cancro Bate à Porta...

por Mammy, em 19.12.11
Nós, pessoas saudáveis, que nunca tiveram cancro, pensamos:

-Ok, há muita gente com cancro, avós, tias/os e mães/pais, mas, normalmente, acontece aos outros, mesmo que sejam outros muito próximos.

Nós, pessoas que já tiverem cancro, pensamos:

-O que quer dizer esta borbulha? Será cancro na pele? E esta dor no peito, será cancro no pulmão? Estes suores nocturnos serão uma qualquer espécie de cancro que desconheço? 

publicado às 21:32

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