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Afirmações Falsas

por Mammy, em 31.05.12
Bem, já que ninguém arriscou nas afirmações falsas do post ali em baixo, a não ser a Art and Life, venho dizer que ela acertou em duas.

Assim, as afirmações falsas são:
1. Tenho um golfinho tatuado no tornozelo. Tenho uma tatuagem, mas não é um golfinho (que associo sempre ao "Amor de Mãe" do ultramar pela quantidade enorme de gente que os tem estampados no corpo), nem no tornozelo.
2. Tenho 10 primos. Tenho muitos primos, mas não são 10, são 8.
6. A experiência mais radical que tive foi saltar de pára-quedas. Nunca saltei de pára-quedas e acho que nunca vou saltar.

Art and Life, eu também não gosto de frutas cristalizadas! Blhac!!

Pois é, parece que não tenho jeito nenhum para esta história dos selos com desafios ou para posts interactivos. Vocês nunca dizem nada! :(((

Sinceramente, estes também não são os posts que mais aprecio. Vou, mas é deixar-me disto!

publicado às 03:29

Pirilampo Mágico

por Mammy, em 30.05.12
Já disse aqui que não sou grande adepta de se fantasiar demasiado a realidade às crianças, que não gosto de mentiras, nem das mais caridosas, mas quando o meu filho esteve entre a vida e a morte, deitado numa cama de hospital com dores terríveis, que lhe levaram, durante aquele duro período da sua curta vida, o sorriso permanente que o caracteriza, fantasiei e tentei arranjar um motivo, uma fé ou uma crença para que ele não perdesse a esperança de que ia ficar bom outra vez. Esse motivo, fé e crença, encarnaram no Pirilampo Mágico.

O J. sempre sentiu um grande fascínio pelos Pirilampos, talvez por terem a palavra "mágico" no nome, talvez porque são uns bonequinhos simpáticos, não sei. 

Quando vim a casa pela primeira vez, desde que ele deu entrada no hospital, tentei levar-lhe referências positivas da sua vida normal, numa tentativa de recuperar o meu sorriso preferido, o dele. 
Peguei no Rafa, que é um boneco de pano que dorme com ele desde que o comprei (engraçado, numa campanha de uma instituição de solidariedade, penso que da Aldeias SOS), nalguns brinquedos e no Pirilampo Mágico.
No hospital, disse-lhe que ia colar o Pirilampo à cama para que o ajudasse a ficar bom mais depressa, porque a razão dos Pirilampos serem mágicos é ajudarem as crianças doentes a ficarem boas. 
Quem me conhece sabe que não sou nada destas coisas, mas naquele momento valia tudo, e de tal maneira, que até cheguei a rezar. Digo isto sem quaisquer problemas que me julguem incoerente. Não acredito em Deus, bruxarias, espíritos, ou coisas do género, mas só quem já sentiu a dor de ver um filho a fazer equilibrismo na linha que separa a vida da morte, pode compreender que numa situação destas mandamos tudo às aranhas, princípios e convicções incluídos, e recorremos a qualquer coisa numa tentativa de os salvarmos.
Foi o que aconteceu naquele momento e funcionou tão bem que, quando regressámos a casa, ele ficou preocupado por termo-nos esquecido do Pirilampo no hospital e só sossegou quando lhe disse que ele ficou lá para poder ajudar a criança que, de seguida, se iria deitar na sua cama.

Contei este episódio a uma amiga que, amorosamente, lhe ofereceu uma caixinha cheia de Pirilampos, que ele adora. 

Ontem, ele trouxe para casa mais um, que comprou à professora. Substituiu o que tinha na sua cama e, recorrendo a um que tinha na caixinha, pôs dois na cabeceira da nossa cama, um no lado do pai, outro no meu lado, para nos proteger das doenças.

Hoje, a criança que há em mim sente-se melhor! 
E não é que funciona mesmo?!

O meu
O do pai


publicado às 17:18

Namoradas

por Mammy, em 28.05.12
-Mãe, o pai já teve outra namorada antes de ti?
-Já! E tu já tens alguma namorada? - aproveitei a deixa para sondar a vida amorosa do meu filho.
-Não!
-Porquê? Não queres ou não gostas de nenhuma menina lá da escola?
-Eu quero, mas não gosto de nenhuma.
-E não há nenhuma que goste de ti?
-Há, a S., mas eu não gosto dela.
-Porquê?
-Ela não é muito esperta e está sempre "do contra".
-Está sempre "do contra"? Porquê?
-Não sei, mas não é muito bom por causa da política!
-Da política? Mas vocês falam de política????
-Não, mas quando formos maiores vamos falar, porque ela vai ter que deixar de pensar só em pulseirinhas da Pandora e nessas coisas. E, quando falarmos de política, não é bom ela estar sempre "do contra"!

OK!

publicado às 23:50

Solidariedade ou Caridade(zinha)?

por Mammy, em 28.05.12
Hoje, fui às compras. Estavam lá as brigadas do Banco Alimentar Contra a Fome.
Fiz as minhas compras e quando estava na caixa para as pagar, oiço uma das senhoras, que distribuía os sacos de plástico do Banco Alimentar, falar com um homem, negro que vestia calças de ganga e uma daquelas t-shirts dos clubes de futebol, que se desculpava por não aceitar o saco que ela lhe estendia.
(A descrição do homem serve apenas para conseguirem visualizar o perfil que a senhora desenhou do seu interlocutor).
A dita senhora respondeu assim às desculpas dele:
- Sim, compreendo, também é pobrezinho, não é?

Há anos que não ouvia este "pobrezinho", que tem vindo a ser substituído por "carenciado". Confesso que o "pobrezinho" me caiu mal, não por eu preferir o "carenciado", mas por o "pobrezinho" me cheirar sempre a caridadezinha.
Fiquei a matutar na real motivação das pessoas que contribuem nestas iniciativas (das voluntárias e de quem, como eu, faz compras para o Banco Alimentar). Será esta uma acção solidária ou um gesto de caridadezinha?
À partida, pode parecer-vos que não tem grande importância tratar-se de uma ou de outra, desde que as pessoas ajudem quem precisa. A mim, que sou uma eterna céptica e que tenho esta estranha mania de questionar tudo e mais alguma coisa, parece-me que faz toda a diferença. Vejo a caridade(zinha) como uma atitude egoísta e de desprezo pelos outros, na medida em que quem a pratica está centrado em si próprio e apenas preocupado em parecer bondoso e em garantir o seu lugar de 5 estrelas no Céu. Enquanto quem é solidário preocupa-se realmente com o outro e coloca-se ao seu lado com a verdadeira intenção de o ajudar.
Esta "onda de solidariedade", como lhe chama a comunicação social perante o número de toneladas de alimentos recolhidos, não pode ser apenas uma "onda de caridadezinha"?
Eu inclino-me mais para o lado da segunda opção, até porque se a relacionarmos com as batalhas campais instaladas nos supermercados Pingo Doce no primeiro dia deste mês, verificamos que só faltou as pessoas comerem-se umas às outras para obterem aquele pacote de arroz que ficou esquecido na prateleira.
O egocentrismo está tão bem instalado nesta sociedade, que não consigo deixar de desconfiar quando oiço falar em solidariedade.
E, depois de ouvir sair o "pobrezinho" da boca daquela senhora, parece que tudo passou a fazer mais sentido. Na minha cabeça, juntaram-se os fios que estavam soltos, e comecei a perceber (ou a julgar perceber) porque, em tempo de crise, acorre a maior parte das pessoas a acções de voluntariado e "solidárias". Acredito que haja pessoas que o fazem por verdadeira solidariedade, mas também acredito que estas são pouquíssimas.

Por momentos, senti-me quase igual àquela senhora...
Será que eu, quando enfio umas compras dentro do saco do Banco Alimentar, estarei realmente preocupada com as pessoas que vão receber aqueles alimentos? Ou estarei simplesmente a aliviar a minha consciência, convicta que estou a fazer alguma coisa por elas?
Não gosto de me sentir caridosa, até porque não acredito em Deus ou que tenha um lugar 5 estrelas, no Céu, à minha espera.
Preferia ser solidária, porque acredito que quem é/está carenciado (ou "pobrezinho") não está assim tão longe de mim, não é menos do que eu por isso, ou tem menos direito a ter uma vida onde as suas necessidades estão satisfeitas e as oportunidades são uma panóplia de caminhos à escolha.

Mas o que eu gostava ainda mais era que não houvesse tanta necessidade de IPSS ou de voluntários, o que significaria que viveríamos numa sociedade mais equilibrada e, por isso, mais justa.
Mas isso... sou eu a sonhar, que além de céptica, também sou sonhadora.

publicado às 01:31

Selo Da Pretty in Pink

por Mammy, em 27.05.12


Ok, além de indisciplinada também sou desnaturada! 
Pretty in Pink ofereceu-me este selo quando atingiu 700 seguidores e eu, por ser tão desnaturada, ainda não tinha respondido ao desafio que ele traz em anexo, assim vou fazê-lo agora logo a seguir a agradecer-lhe. 
Obrigada, Pretty in Pink e desculpa o atraso desta blogger desnaturada!

As regras são as seguintes:
1. Dizer 7 factos sobre ti (dos quais 3 são mentira);
2. Desafiar os seguidores a descobrir quais os 3 que são falsos;
3. Fazer um post a denunciar as tuas mentirinhas uns dias depois;
4. Passar o desafio, bem como o selo, a 5 seguidores que consideres merecedores, e a quem queiras agradecer o carinho que têm tido contigo;

Mais uma vez, não vou passar o desafio devido à indisciplina que me caracteriza, mas sintam-se à vontade de o levar!
Os 7 factos sobre mim, dos quais 3 são mentira, são os seguintes:
(Agora é que vamos ver quem me conhece!)

1. Tenho um golfinho tatuado no tornozelo;
2. Tenho 10 primos;
3. A gastronomia que prefiro é a indiana;
4. Fui à Polónia em adolescente sem os meus pais;
5. Trabalhei na Bélgica durante 3 meses;
6. A experiência mais radical que tive foi saltar de pára-quedas.
7. Não gosto de frutas cristalizadas.


Agora, descubram lá quais são as 3 afirmações falsas!


Daqui a uns dias, digo quem acertou!

publicado às 00:51

Prendinha Com Desafio

por Mammy, em 26.05.12


Dreams do blogue Pensamentos Difusos ofereceu-me este selo que me deixa muito lisonjeada e agradecida. Obrigada, menina!

As regras são as seguintes:
1. Escolher 5/6 blogues recentes, com menos de 200 seguidores para atribuir o mimo;
2. Mostrar o agradecimento a quem o repassou fazendo um link para o seu blogue;
3. Listar quem serão os escolhidos para receber o agrado, com os seus respectivos links e avisar sobre o selo;
4. Partilhar 5 factos aleatórios acerca de mim que ninguém conheça ainda.


Quanto às regras 1 e 3, vou desrespeitá-las. Como já disse num outro desafio, sou indisciplinada, por isso não posso fazer isto tudo direitinho. 


Os 5 factos são os seguintes (acrescentei o "c" aos factos só para acentuar a minha indisciplina. Na realidade, até gosto muito do acordo ortográfico, especialmente se for para os brasileiros usarem!):

- Gosto de me vestir de preto;
- Os meus pés são feios, no entanto acho que têm um quê de "pés de Cristo";
- Desde o cancro que acho que tenho sempre um outro, ou o mesmo, cancro em desenvolvimento numa qualquer parte do corpo, por isso deixei de pesquisar sobre os sintomas que vou sentindo;
- Tenho um nariz muito sensível que dá sinal à mínima ofensa;
- Geralmente, não tenho paciência para conversas de chacha, o que não quer dizer que, de vez em quando, não as tenha. Especializei-me em conversar com algumas pessoas, sem ouvir uma palavra do que dizem.

Finito!

publicado às 21:58

Mães E Filhas- Melhores Amigas?

por Mammy, em 26.05.12
Na rubrica Ser ou não ser da revista Pais & Filhos, li um artigo de opinião escrito pela jornalista e mãe de dois adolescentes, Sofia Barrocas, sobre Mães & Filhas, que expressa a ideia que as mães e as filhas não podem ser "melhores amigas".
Confesso que fiquei chocada com a imensidão de disparates escritos por esta senhora. Além de discordar com cada palavra por ela teclada, eu, e mais umas quantas pessoas que conheço, somos a prova viva de que as mães e as filhas podem ser "melhores amigas".


Senhora jornalista e mãe de dois adolescentes:
A minha mãe já foi, e ainda vai, comigo para os copos; sabe mais sobre mim do que qualquer outra pessoa (e não apenas por sapiência maternal, mas essencialmente pelas nossas conversas); conheceu todos os namorados que tive (por acaso nem foram muitos, o que a poupou a um desfilar de rapazolas burbulhentos e de voz esganiçada); falamos sobre tudo, inclusivamente de sexo, tanto de uma como da outra; tem plena consciência de todos os disparates de adolescente que fiz (e não foi por isso, que alguma vez deixou de me aconselhar e/ou reprovar alguns deles); para sermos "melhores amigas" nunca precisámos de nos imitarmos mutuamente (ela nunca precisou de vestir os meus vestidinhos de adolescente, nem eu precisei de calçar os sapatos de salto alto dela para sairmos juntas); sempre reprovou os copianços e as cábulas (e não foi por isso que eu deixei de os fazer quando andava para aí virada, ou que não aprendi que era uma estupidez fazê-los, especialmente por ser um insulto à minha inteligência dar a avaliar conhecimentos que não eram meus).

A minha mãe é, e sempre foi, a minha melhor amiga e isso nunca a impediu de ser acima de tudo a minha mãe!

"Misturar fronteiras"? Tenha dó, minha senhora! 
Não se pode ser mãe e amiga em simultâneo? 
"As mães têm a obrigação de não deixar que estes papéis se confundam?" E vão confundir-se porquê? Só se vão confundir se alguma das pessoas (mãe ou filha) pretender ser aquilo que não é! 
Nem eu, nem a minha mãe alguma vez quisemos ser a outra, ou da idade da outra. A minha mãe sempre foi mais velha do que eu 19 anos (ou melhor, nas quase 3 semanas que separam os nossos aniversários, é mais velha apenas 18); nunca me quis roubar namorados, nem eu a ela; nunca entrou em esquemas parvos de adolescentes, nem eu entrei em esquemas parvos de adultos; nunca "alinhou com a filha e as amigas nas suas aventuras para ludibriarem seguranças de bares e discotecas" ou participou "em planos que lhes permitam entrar sem pagar" ou desatou "aos gritinhos histéricos de cada vez que se dá de caras com alguma cara conhecida da televisão ou da música" para parecer cool. (Mas... eu também não!) 

Será este um problema das mães melhores amigas das filhas, e das filhas melhores amigas das mães? Ou será um problema de gente com cabecinhas cheias de ar? É que talvez seja melhor não se "misturarem as fronteiras"...

Resumindo, a senhora jornalista e mãe de dois adolescentes não percebe nada do assunto de que tentou falar, talvez porque não teve a oportunidade de ter uma mãe que fosse também sua amiga, talvez por não ter a oportunidade de ter uns filhos que sejam seus amigos, ou talvez por ambas as razões... 
Infelizmente para si, é o que tenho a dizer!

publicado às 00:32

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