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A Irreverência da Treta

por Mammy, em 28.02.13
A frontalidade com que se dizem banalidades mascaradas de uma grande coisa arrepia-me os pêlos dos braços. Não. Arrepia-me a inteligência. 

Vangloriar-se o olhar obtuso limitado por palas, como as dos burros que puxam carroças, emoldurado em palavras bonitas (mas ocas) que iludem o melhor dos intelectuais, é uma ardilosa trapaça. É uma trapaça de quem, com o poder da oratória, ou da escrita, colecciona apóstolos fiéis e cegos. 
A incapacidade da dúvida, a certeza do pensamento insípido já delineado por outrem, delimitado por estereótipos ultrapassados e carregados de fundamentalismos religioso-moralistas, assassinam neurónios e petrificam intelectos, que se libertos da profissão de fé a líderes menores, poderiam gerar frutos.
Barbaridades gritadas aos sete ventos, recebidas em ovação por um bando de gente vazia, não me arrepiam, enfurecem-me. 

A irreverência é tão só essa, a de cuspir lixo como se de ouro se tratasse.

publicado às 02:13

Pontapés de Amor

por Mammy, em 27.02.13
Em conversa pré-sono:

-Então J., como vão os namoros? Há novidades?
-Há! 
-Conta, conta!
Voz baixinha, como se estivesse a contar um grande segredo:
-Pontapés!
-Pontapés?!
-Sim, a D. tentou dar-me pontapés!
-A sério?
-Sim. Aqueles pontapés de quem não os sabe dar. Olha! - destapa-se e levanta a perna devagarinho e a direito até mais ou menos à altura da cintura.
-Humm! E tu o que fizeste?
-Fugi, claro! E ela foi a correr atrás de mim. Está mesmo apaixonada, não está?
-Pois, deve estar... 
-Sabes, nem todos os pontapés querem dizer que as pessoas, que os dão, estão apaixonadas por nós? Quando te disse isso, estava a referir-me a um tipo específico de pontapés que certas meninas dão aos rapazes, quando estão apaixonadas.
-Sim, eu sei, mas a D. está apaixonada por mim. Além dos pontapés, ela já me disse que gostava de mim.
-É verdade, já me tinhas contado. E se ela te deu pontapés desses hoje, deve estar mesmo!

Imagem da Net

publicado às 01:22

#17 Músicas Que Entranham

por Mammy, em 26.02.13

publicado às 00:55

O Desprezo É A Melhor Arma

por Mammy, em 23.02.13
Não sou pessoa de dar desprezo a ninguém. Gosto de discutir, trocar ideias e pontos de vista e, por fim, de chegar a um consenso. Resolver a questão, arrumá-la ou atirá-la para trás das costas, porque a conversa nos iluminou os pensamentos difusos.
Mas há pessoas, com as quais isso não é possível. Facto este, que me chateia particularmente...
Gostava de conseguir esclarecer assuntos que acabam por ficar no ar e que geram mal-entendidos. Mas nem sempre consigo. Muitas vezes, não consigo. Ou porque a outra parte não está para aí virada, ou, pura e simplesmente, porque a única coisa que está disposta a ouvir é a sua própria voz.
Tenho que admitir que, nestes casos, a melhor arma é o desprezo. Se o principal objectivo do nosso interlocutor é magoar-nos, enxovalhar-nos ou obrigar-nos a admitir que a razão nunca o abandona, não há matéria para discussão, nem vontade... Resta, apenas, o desperdício do nosso latim, atirado, com força, contra uma parede maciça, que acaba por o fazer evaporar no ar.
Aqui, o desprezo é a atitude certa. Deixar o outro falar até se cansar, ignorar as ofensas, virar a cara, e a página da conversa e, se possível, desertar do campo de batalha...

Porque não sou assim, de desprezar as pessoas, vou ter que trabalhar com afinco nesta minha fraqueza. Ai vou, vou!

publicado às 00:44

O Silêncio de Miguel

por Mammy, em 22.02.13
Ah e tal, coitadinho do Miguel Relvas, que ninguém o deixou falar
Ai não? Alguém lhe tapou a boca? Alguém o mandou prender? Agarraram-no, quando se preparava para falar? Apontaram-lhe uma pistola à cabeça e ameaçaram-no se falasse? 

Nas imagens que vi, não aconteceu nada disso. Escapou-me alguma coisa?

As pessoas mostraram o seu desagrado? Falaram mais alto do que ele? Gritaram? Sim. 
Isso impediu-o de falar? Não! 
Ele podia ter falado, enquanto as pessoas gritavam, não podia? Só não falou, porque não quis. 
Se ele quisesse assim tanto falar, tinha falado, ou não? O barulho apenas poderia impedir que as pessoas o ouvissem. 

Está tanto no direito delas, não o quererem ouvir, como no dele, falar. Ou não? Ou o direito de ele falar é superior ao direito das pessoas de não o quererem ouvir? Ou o direito das pessoas expressarem a sua vontade de não o quererem ouvir é inferior ao dele de se querer fazer ouvir?
Em que é que ficamos? Hã?

publicado às 00:05

Percebemos que somos umas fundamentalistas da alimentação saudável, quando...

por Mammy, em 21.02.13
... compramos umas simples bolachinhas com pepitas de chocolate e o nosso filho, mal as vê, faz uma festa e diz:
-Eh mãe, adoro essas bolachas... Quando é que as compraste? Agora, vais comprá-las sempre, pode ser?

Imagem retirada da Internet

publicado às 23:19

Ando a Ver Isto:

por Mammy, em 19.02.13
Imagem da Net
O pai do J. pegou-me o "bichinho" do Hank Moddy e agora estou viciada neste viciado. 
Perante este quadro patológico, só mesmo este remédio:

 Eh eh eh eh!!!

publicado às 23:33

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