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O "Post" do Adeus

por Mammy, em 31.07.14

Este blogue vai dizer adeus.

Foi criado apenas para ver se me habituava ao blogs do Sapo e para testar a quantidade de visualizações relativamente ao blogger.

Hoje, acabou de cumprir a sua missão. Não me habituei ao blogs e, apesar de não ter um monte de seguidores, nem um monte de visualizações, o blogue no blogger é mais feliz.

 

Continuo por. Façam-me uma visitinha se vos apetecer, quando vos apetecer.

 

Até já!

 

Ser Mãe é Tramado

publicado às 00:36

Espaço

por Mammy, em 28.04.14

Custa encaixar-me. Qualquer coisa impede que me adapte. Um pensamento, uma palavra, uma sensação... Qualquer coisa que não me sabe bem, um travo amargo na boca, uma comichão no dedo, um zumbido no ouvido... E um arrepio. Pêlos sempre em pé sem a razão do frio. 

 

Custa identificar-me. Uma causa que não me cabe, uma camisola que não me serve, ideologia estreita ou larga demais. E uma nação estranha. Um quê de vazio num espaço desconhecido.

 

Custa encontrar-me. Dezenas de salas numa casa infinita. Caminhos tortos por corredores apertados, passos lentos na pressa de chegar, vagar azedo. E o ecoar do silêncio. 

 

E sempre o espaço. O espaço que me aperta e desacerta para, enfim, me deixar perder.

 

publicado às 00:18

O Cancro - Uma Vez Mais

por Mammy, em 08.04.14

Manuel Forjaz morreu este sábado. 

Não conhecia a sua história até tropeçar no vídeo da entrevista que o Daniel Oliveira lhe fez. Postei-a aqui na quinta-feira. Não por concordar com ele, não por discordar. Nesta cena do cancro não consigo concordar ou discordar com as pessoas. Posso identificar-me mais com uns do que com outros, mas concordar... não.

 

O cancro é "um mal pessoal e intransmissível". Cada cancro é um cancro. Cada pessoa sente o seu de maneira diferente. Há quem se isole, há quem chore, quem se revolte, quem se ria dele, quem o ignore, quem o viva intensamente... Há um leque enorme de reacções ao cancro e cada doente tem a sua. Nenhuma reacção é a correcta e nenhuma está errada. O cancro é nosso, só nosso. Por mais que o vivam connosco, ele será sempre só nosso (uma das "coisas boas" é não o podermos passar aos outros), por isso só nós podemos saber como o preferimos viver. Sim, é uma questão de preferência. Ou talvez não... Talvez seja mais uma questão de resistência. Como se lhe conseguimos resistir melhor... Como conseguimos viver com ele, estar aqui estando realmente aqui...

 

Manuel Forjaz morreu no sábado. Confesso que não senti uma dor especial pela sua morte. Não o conhecia. Mas senti dor pela morte de mais um doente de cancro. Sinto sempre. Cada um que se vai, leva um pouco de mim e da minha esperança. Cada um que se vai, é uma perda para mim e para todos nós, doentes oncológicos em particular, e Humanidade em geral.

 

Cada um que se vai, é uma dor...

publicado às 03:00

Lugar em Mim

por Mammy, em 05.04.14

Há lugares que nos habitam para sempre.

Mesmo que os tentem destruir, habitam-nos.

Há lugares que moram em nós, não no espaço que ocupam.

Que carregamos connosco para onde quer que vamos.

Há lugares assim, mais nossos que deles.

 

publicado às 02:32

Queria Escrever Coisas Boas, Mas Não Consigo

por Mammy, em 02.04.14

Este blogue anda um bocado parado, porque eu queria escrever coisas boas e não consigo. Sinto-me uma merda e não consigo. Tudo está mal. São os dias que correm sem que se passe nada e os dias que demoram até que venham outros dias. Este marasmo enlouquece-me. Estou paralisada na minha inacção. Estou parva, parva que me farto. Não gosto de nada e sinto-me distante de toda a gente. Estou distante até de mim. A minha vida é uma merda e eu não consigo fazer nada para a mudar.

Quero fugir, mais do que de tudo, quero fugir de mim. Sou corrosiva para mim própria. Destruo-me na incapacidade de me construir. 

E vivo num nada. Oco e silencioso nada. Nesse mesmo nada que me enche os dias.

 

publicado às 10:42

Aperto no Peito

por Mammy, em 30.03.14

Tenho um aperto no peito permanente.

Já respirei fundo várias vezes seguidas, já abri a caixa torácica ao máximo, já tentei esquecer-me do aperto. Ele continua aqui. Como se tivesse cintos à volta das costelas, ele continua aqui a apertar-me.

A vontade de expelir qualquer coisa não me larga. Só não sei o quê.

E o aperto aperta-me muito.

Maldito!

 

publicado às 23:53

A Arte de Abanar o Rabo

por Mammy, em 28.03.14

Aqui a mocita não se abana lá muito bem. Adora dançar, mas o pé, a perna e o rabo pesam que se fartam e sensualidade é coisa que escasseia por estes lados. Mas a mocita decidiu (a bem da sua sanidade mental, que também se estava a esgotar, e da saúde, que às vezes ameaça abandoná-la) deixar de fumar (já vai para o terceiro mês sem poluição atmosférica), comer melhor - ou menos mal, vá - e fazer exercício físico. 

 

Quanto ao tabaco, começou pelos cigarros electrónicos, passou para as pastilhas Niquitin (passo a publicidade, até porque já as retiraram do mercado) e acabou nas pastilhas comuns, que tem vindo a diminuir o consumo e servem apenas para a distrair a seguir às refeições. 

 

No que diz respeito à alimentação, diminuiu o consumo de carne e doces, aumentou o de legumes, de água e tisanas e apostou de tal forma nas especiarias que o filho já está enjoado de caril.

 

Em matéria de exercício físico, inscreveu-se num ginásio e corre um bocadito aos domingos. 

 

E era aqui que queria chegar: à cena do ginásio, porque há danças a dar c'um pau e daquelas pseudo-qualquer-coisa-a-cair-para-o-lado-que-te-der-mais-jeito! 

A miúda não se mexe com glamour, é certo, mas gosta de se mexer ao som de um qualquer sonzito manhoso (vulgo "dançar"). E no ginásio que frequenta, sonzito manhoso e aulas para abanar o esqueleto são coisas que não faltam. O problema é que o abanar de esqueleto mete quase sempre o abanar de rabo, que esqueleto sem rabo não tem piada nenhuma e rabo sem esqueleto não se consegue mexer! E quando mete rabo na história, a mocita atrapalha-se: Se o rabo é para ir para a direita, a miúda abana a perna para a esquerda (quando não é o braço), se é para ir para a esquerda a miúda atira a mamoca direita em direcção aos céus (pronto, não é aos céus, é ao tecto do ginásio). A verdade, é que há uma clara descoordenação entre rabo e som, ou, quiçá, entre o rabo e o cérebro da mocita...

 

À primeira vista, abanar o rabo pode parecer uma cagadice simples-simples, mas se olharmos com atenção, não é qualquer amadorzeco que o abana na conta e medida certas, e para o lado correcto. Abanar o rabo é coisa que exige coordenação, atenção e alguma leveza. Desculpem-me, mas abanar o rabo é tão-só coisa para profissionais ou artistas! Abanar o rabo é algo extremamente... Eu sei lá....

 

Só sei que, mais dia, menos dia, EU CHEGO LÁ! Ou não me chamo Mammy!

publicado às 00:07


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